| Em reunião do Codivap, deputado pede apoio do secretário de Estado para acelerar implantação da medida, prevista pelo governo federal para 50% das escolas até 2020 |
| 18/02/2011 |
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| Observado pelo secretário (1º à esq.), Junji afirma: “É muito pouco implantar o período integral em apenas metade das escolas públicas até 2020. É importante demais para ter avanço tão lento" |
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“É muito pouco implantar o período integral em apenas metade das escolas públicas até 2020. A medida é importante demais para ter avanço tão lento. Precisamos batalhar juntos para acelerar este processo”, conclamou o deputado federal Junji Abe (DEM-SP), referindo-se a uma das metas do PNE – Plano Nacional da Educação 2011-2020. O parlamentar falou sobre o assunto durante a segunda reunião ordinária do Codivap – Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte, que teve a participação do secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald.
Para justificar o apelo, Junji apontou os resultados latentes gerados em localidades onde a medida já avançou. É o caso de Mogi das Cruzes. Ele comentou que uma série de medidas para elevar a qualidade do ensino público, adotada a partir de 2001, possibilitou a seu sucessor, o atual prefeito Marco Bertaiolli (DEM), implantar o período integral em 30% das escolas.
Os alunos recebem o conteúdo curricular, em melhores condições para aprendizagem, associado a práticas esportivas e atividades culturais, como explicou o parlamentar. “Isto também tira crianças e adolescentes das ruas, onde passavam o tempo ocioso – fora do período de aulas –, à mercê da violência e do mundo das drogas. É excelente para o futuro cidadão; é notória a satisfação e a tranqüilidade que o processo produz nos pais. E, a curto prazo, trará benefícios diretos a toda sociedade”.
Junji reconheceu que existe uma árdua jornada pela frente até que toda rede pública opere com o sistema. Segundo dados apresentados por ele, a média nacional de escolas funcionando em período integral gira em torno de 5%. Considerando somente as regiões Sul e Sudeste, o percentual não ultrapassa 10%. Porém, insistiu, não pode demorar dez anos para atender só metade.
O pronunciamento de Junji recebeu imediato aval dos prefeitos, vereadores e demais lideranças participantes do encontro, assim como o apoio do secretário. O deputado observou que a viabilização da medida está diretamente associada à pratica de uma consistente política de valorização dos profissionais da Educação.
“Em Mogi, o período integral tem funcionalidade e produz excelentes resultados porque está pautado no amparo aos educadores. É uma filosofia que inclui desde remuneração digna até programas de aperfeiçoamento”, ressaltou, ligando o raciocínio ao compromisso assumido pouco antes por Voorwald: o de desenvolver as ações da Pasta a partir do “conceito de valorização do Magistério”, em todos os sentidos.
Creches
Implantar pelo menos uma creche em cada um dos 645 municípios paulistas, exceto naqueles onde não há demanda pelo serviço. Este compromisso anunciado pelo governo estadual foi reafirmado pelo secretário de Estado da Educação Herman Voorwald. Ele informou que serão 1 mil unidades. Portanto, as cidades com maior necessidade deverão receber mais de uma.
Ao falar sobre a meta de elevar o nível do ensino, o secretário também frisou a importância da participação das autoridades municipais, lideranças comunitárias e profissionais da Educação. “Este é o objetivo do governo do Estado. Agora, é acreditar e ir à luta”, sintetizou.
Realizado nesta sexta-feira (18/02/11), em Guaratinguetá, onde o anfitrião foi o prefeito democrata Júnior Filippo, o evento reuniu dezenas de autoridades municipais e lideranças da Região, além de muitos educadores, interessados em conhecer melhor os planos do secretário. Sem antecipar detalhes, Voorwald confirmou que o polêmico processo de progressão continuada nas escolas públicas deverá sofrer mudanças.
Os prefeitos aproveitaram para relacionar pedidos ao secretário. Um dos pontos diz respeito às despesas de custeio das creches a serem implantadas. “Eles colocaram o fato de que a construção nem é o principal problema, mas sim o custeio da estrutura e do pessoal para manter a unidade em funcionamento”, explicou Junji.
Preocupados com as demandas da população, muito superiores à arrecadação, os prefeitos também solicitaram que o governo estadual estude meios de inserir as despesas com merenda escolar no percentual mínimo a ser aplicado pelos municípios em Educação – 25% da receita corrente líquida. Motivo: por não ser considerada aplicação no setor, a alimentação do escolar onera a receita orçamentária municipal, achatando ou até inviabilizando investimentos das prefeituras em outras áreas. Voorwald anotou as solicitações e prometeu encaminhá-las para estudo dos canais competentes do Estado.
Para a reunião do Codivap, presidido pelo prefeito de Ubatuba, Eduardo César (DEM), o secretário levou sua equipe, fez questão de apresentar um a um e informar que todos estão à disposição para colaborar com os municípios integrantes do Consórcio. Entre os integrantes do staff, um cidadão com raízes no Vale, assim como o próprio Voorwald. Trata-se de Bernardo Ortiz que preside a FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação.
Também integravam o grupo do secretário o coordenador de Ensino do Interior, Rubens Mandeta, o presidente nacional e o chefe do Cerimonial da Secretaria, José Afonso e Camilo Guedes, respectivamente, além de um convidado internacional – o cônsul honorário da Itália, Giampaolo Bonora, que veio prestigiar a palestra sobre o momento Itália-Brasil, ministrada por Solange Barbosa, presidente do Forum Permanente de Desenvolvimento do Turismo no Vale do Paraíba.
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Mais informações:
Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com |
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