Devastação criminosa

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2020


Criminosos desmatam e queimam matas sem a mínima consciência das atrocidades que cometem contra a humanidade, o meio ambiente e a saúde. Pior, dificilmente recebem punição exemplar.

Cabe ao setor público ampliar as brigadas de combate às ações criminosas, com vigilância 24 horas, além de investir na repreensão com aumento significativo das penalidades aos infratores, assim como na educação ambiental.

Os desmatamentos e queimadas ocorrem em todo o planeta. Pela simbologia, mencionamos o bioma mais importante do mundo que é a Região Amazônica. São 7 milhões de quilômetros quadrados, distribuídos em nove países. É a maior biodiversidade mundial, que concentra a maior reserva de água doce.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro semestre de 2019, o desmatamento cresceu 62,7% em comparação com o mesmo período de 2018. Já os focos de incêndios aumentaram 70%. Todos decorrentes de atos criminosos e, lamentavelmente, sem punições.

Nosso inconformismo é total! Esperamos uma ação mais enérgica, digna e convincente dos governantes.

Mogi das Cruzes, incrustada entre as Serras do Mar e Mantiqueira (representada pela Serra do Itapeti), dá exemplo de extraordinária contribuição nas ações de caráter preventivo, proporcionando às crianças, jovens e adultos a consciência cívica na defesa do meio ambiente e da saúde em geral.

Quando prefeito, em 2001, com a contribuição de uma equipe fantástica, implementamos programas na rede municipal de ensino para propagar a urgência da defesa intransigente do meio ambiente. A prevenção é o melhor instrumento na preservação ambiental. E as pessoas precisavam conhecer a riqueza da nossa biodiversidade porque ninguém preserva o que não conhece.

Como primeiro passo, era necessário capacitar os educadores para multiplicar os conhecimentos sobre a educação ambiental e trabalhá-los entre as diversas disciplinas escolares, levando aprendizado amplo aos alunos.

Assim, surgiu em 5 de junho de 2006, em nossa 2ª gestão como prefeito, a Escola Ambiental (foto), prioritariamente voltada para o magistério. A medida foi tão acertada que crianças, jovens e adultos assimilaram grande consciência na luta contra a destruição da natureza. O empreendimento municipal ganhou notoriedade mundial, com diversas premiações.

Representando a fabulosa equipe de colaboradores municipais e da sociedade civil, registro os nomes das dedicadas e competentes professoras Maria Geny Borges Avila Horle e Maria Inês Soares Costa Neves, respectivamente, secretária municipal de Educação e diretora da Escola Ambiental, para manifestar os sentimentos de profunda gratidão do povo mogiano! #ContraCrimesAmbientais #RespeitoàNatureza #ConsciênciaeTrabalho

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo


Junji Abe Deputado Federal