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Agricultura exige respeito do Governo
Ter�a-feira, 09 de Fevereiro de 2010 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Moro num país tropical, abençoado por Deus. E bonito por natureza, mas que beleza...”. Toda vez que ouço esta música de Jorge Benjor mais me convenço que Deus é brasileiro, sim senhor. Mas, é uma pena que muitas autoridades, ditas “maiores” ou da “cúpula”, não foram nem são suficientemente sensíveis e responsáveis pelo nosso maior tesouro de sustentabilidade econômica, financeira e social. Falo, sem paixão nem exagero, da AGRICULTURA e AGRONEGÓCIOS.

O País tem indiscutível vocação agrícola alicerçada na dimensão territorial, clima, fonte hídrica e gente capaz nos campos científico, agronômico, tecnológico e mercadológico. Contudo, apesar dos avanços conquistados antes do longo período inflacionário (1980 a 1994) e após a estabilidade da moeda, a evolução ainda é tímida e lenta. Em especial, para a dita agricultura de mercado interno – arroz, feijão, milho, horticultura, tubérculos (batata e mandioca, por exemplo) e frutas.

Cabe lembrar que a agricultura de exportação (produtos que fazem parte das commodities) vem se expandindo após a estabilização da moeda proporcionada pelo Plano Real. Porém, única e exclusivamente por conta da tenacidade, dinamismo e competência da iniciativa privada. O Governo, como sempre, deixa muito a desejar.

A comprovação das falhas, omissões e erros da administração publica é latente ao longo da história. Vejamos alguns casos recentes. Primeiro, a falta de vacinação do gado contra febre aftosa, em 2003 e 2004, provocou a rescisão serial de contratos firmados com dezenas de países para a exportação de carne. Não bastasse, ocorrem as sistemáticas invasões e destruição de terras produtivas, centros de ensaios e de melhoramentos genéticos, devastação absurda de laranjais e outros descalabros cometidos por integrantes do MST, com total conivência do Governo Federal. Agora, veio o “apagão portuário” trazendo prejuízos de U$$ 1 bilhão à reboque da falta de logística para escoar 3 milhões de toneladas de soja produzidas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.

No que tange aos produtos de mercado interno, a cargo dos micro, pequenos e médios produtores, a situação é, no mínimo, lastimável. Diz a propaganda governamental que a agricultura familiar tem recebido plena ajuda. Mentira. Eis a verdade nua e crua: não há assistência técnica, nenhuma garantia mercadológica e muito menos apoio na área tão importante do associativismo e cooperativismo – esfacelados após a liquidação das Cooperativas Agrícolas Cotia e Sul Brasil, entre outras.

Para agravar o rol de descasos, está o desmantelamento da Ceagesp, repassada à União em 1995 para amortizar a dívida estadual. Neste início de Verão, o maior entreposto da América Latina sofreu três inundações inviabilizando a comercialização de produtos altamente perecíveis (veja a foto). Resumindo, o setor de verduras e legumes está totalmente órfão.

A agricultura e o agronegócio têm sido a salvação nacional nos piores momentos de desequilíbrio econômico-financeiro. Aliás, a safra recorde de 65,1 milhões de toneladas de soja em 2009 foi um dos fatores que mais contribuiu para o superávit de U$$ 24 bilhões na balança comercial brasileira, suavizando os reflexos da crise mundial sobre o País.

Diante de tantas necessidades do setor agrícola, é fundamental que as autoridades constituídas se sensibilizem para o justo clamor dos produtores. Em primeiro lugar, corrijam a miopia que lhes restringe a visão ao meio urbano – mesmo assim, mal e porcamente. Vale, aqui, rememorar uma lição quase tão primitiva quanto a descoberta do fogo: quando a agricultura vai bem, a cidade vai bem.

Há tempos, está provado que a economia se desenvolve de modo saudável e permanente quando a nação tem uma agricultura forte e estável. Por isso, até os países sem vocação nem condições adequadas à agricultura, tudo fazem em políticas públicas voltadas ao crescimento do setor.

Ora, no Brasil onde o desenvolvimento sustentado da agricultura é uma realidade tão cristalina, não se pode admitir, em hipótese alguma, que heróicos micro e pequenos produtores sejam obrigados a paralisar suas atividades por conta da maciça e injusta concorrência com produtos de outros países onde o setor agrícola recebe a atenção que merece.

Clamor maior dirijo à classe política, visto que, por instinto, o animal político pende para o lado em que se encontra a maior densidade eleitoral e acaba, desgraçadamente, esquecendo-se da “galinha de ovos de ouro” que é a agricultura. É ela que movimenta todas as indústrias e, consequentemente, faz o comércio e os prestadores de serviço diversificarem e expandirem suas atividades.
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